História de uma aliança

aliança
(aliar + -ança)
s. f.
1. Ato ou efeito de aliar ou de se aliar. 2. Laço que prende duas ou mais entidades que se prometem mútua amizade e auxílio. 3. Acordo ou pacto entre países, governos, grupos ou indivíduos com fim comum. 4. Laço existente entre duas famílias, mediante casamento. 5. Anel, geralmente liso, que simboliza o casamento ou um comprometimento (ex.:alianças de ouro).

Dizem que as alianças (anéis) são usadas desde a antiguidade para simbolizar a "eternidade", já que a forma circular não tem começo nem fim, dai, a troca feita pelos noivos representa fidelidade mútua e união. São usadas no quarto dedo da mão esquerda, onde está localizada uma veia que segue direto pro coração. Bonito, não?!

Quando Rapha e eu decidimos juntar as escovas de dentes, queríamos um anel desses quadradinhos, retos, mas abaloados por dentro, anatômico que chama. O meu teria um brilhante embutido! Um sonho seria se eles ainda fossem de ouro branco! Fomos as compras e, ai, o dindin estava curto... ficamos com o modelo tradicional, mais simples, mais barato, mas nem por isso sem graça. Aliás, que sensação experimentar, escolher, ver a moça atendente anotar os nomes a serem gravados e perceber nossos olhinhos brilhando feito o ouro daquele anel!

Compramos em uma loja que nos dava, dentro de 2 anos, o valor pago em bônus para a troca em outro modelo. O que pensamos: casamos com esse, mais simples, e dentro de 2 anos, trocamos pelo modelo retinho.

Até parece!

Desde o noivado que aquele par de anéis teve seu valor elevado à infinita potência. Como poderíamos abrir mão do anel com que meu sogro pediu a minha mão ao meu pai para seu filho?! Como trocar os anéis que estavam lá no dia do SIM?! Não dava mais... Era com aquele 'bambole' douradinho, simples, tradicional que gostaríamos de passar o resto de nossas vidas! 

Gostaríamos... Rapha foi assaltado antes das nossas bodas de algodão (2 anos) e levaram o anel dele. Ok, ok. Ele não se machucou e nem por isso nossa aliança foi desfeita. Mas o meu anel foi direto para a caixinha de jóias e só sai de lá para eventos muito especiais. De verdade, morro de medo de também ser assaltada! Um dia, quem sabe, dividimos meu anel em dois ou transformamos em alguma coisa para nosso primeiro filho(a)... ideias!

Voltando. Rapha sentiu falta do anel. Antes do noivado, ele dizia que ia usar o anel pendurado em um cordão. Ele foi voto vencido e se acostumou com o anel no seu devido lugar. Como o importante sempre foi o valor afetivo e não o do anel, compramos novos pares, dessa vez de aço. Gravamos os nomes e usamos até enjoar. Enjoados, compramos outro modelo, também de aço, mas com um detalhe dourado, nem gravamos e estamos usando até o presente momento.

Com a aproximação da nossa bodas de madeira (5 anos), vem a parte legal dessa história, que começou como todos os nossos sonhos e objetivos de vida: uma conversinha inocente que vai ganhando força até ser concretizado: decidimos fazer uma tatuagem dupla! Mas, lógico, tatuagem tem que ter significado. O que desenhar para sempre? Pensa, pensa, pensa... até que um dia, Rapha tocando cajon, sem aliança, me veio na cabeça uma brincadeirinha nossa, um pedacinho nosso: Infinito!! Essa é nossa tatuagem!!! Onde? Ora, no local que simboliza nossa aliança.

Primeira (2007) e última aliança (2012) - Ilha Grande RJ Brasil

Essa ninguém leva! Aliás, desde o início da nossa história, ninguém nunca foi mesmo capaz de levar nossa aliança.

♫ ♪ " ... nossos destinos foram traçados na maternidade ..." ♪ ♫